“Vocês vão conhecer pediatras que não sabem nada sobre nanismo. Não aprendemos isso”, diz pediatra Simone Ramos 

Simone Ramos é pediatra há mais de 30 anos e teve seu primeiro contato com o Nanismo há 14 anos, quando Julian Yamin, hoje presidente do Instituto Nacional de Nanismo (INN)  estava grávida do Gabriel. Hoje, responsável pela coordenação médica do INN e coordenadora de aleitamento materno da Sociedade Goiana de Pediatria, ela foi a responsável pela primeira palestra do 4° Encontro Nacional Somos Todos Gigantes, realizado em Bela Vista de Goiás até a próxima segunda-feira (1°). 

Foto: Michelly Matos

“Vocês vão conhecer pediatras que não sabem nada sobre nanismo e não é porque querem, é porque não aprendemos isso na faculdade. A busca pelo conhecimento pra mim veio pelo Gabriel”, explica a pediatra que acabou buscando mais informações sobre a deficiência que atinge em média 1 a cada 25 mil nascidos. Ramos foi a primeira palestrante do encontro com o tema “Cuidados e atenções nos primeiros anos de vida dos pacientes com nanismo”. 

A palestrante ressaltou a importância dos estímulos e dos profissionais que precisam acompanhar bebês com nanismo a partir do nascimento: neuropediatra, fisioterapia, otorrinolaringologista e ortopedista, principalmente pelas deformidades ósseas e rotação externa do quadril. 

Simone Ramos deixou claro que diante dos mais de 500 tipos de nanismo já catalogados, é difícil estabelecer regras, mas que alguns pontos são os mais observados. “Nos exames físicos observamos a baixa estatura, o aumento do perímetro cefálico, as mãos pequenas e o arqueamento das pernas”, completa.

Catherine Moraes

Jornalista por formação e apaixonada pelo poder da escrita. Do tipo que acredita que a informação pode mudar o mundo, pra melhor!
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