Curva de crescimento da acondroplasia: meninas alcançam altura máxima antes de meninos

O pico de crescimento das meninas com acondroplasia, o tipo mais comum de nanismo, acontece aos 11,1 anos de idade, enquanto o dos meninos só ocorre aos 13,75 anos. Apesar da diferença, eles acabam atingindo uma altura média adulta de 130,52 cm enquanto elas  chegam a 119,2 cm. Os dados são resultado de um estudo publicado em novembro de 2020 por Mariana del Pino, Virginia Fano e Paula Adamo pela De Gruyter.

Coordenador do Centro de Raras e Genética Médica do Instituto Fernandes Figueira (IFF), o médico geneticista Juan Llerena explica que apenas os segmentos da acondroplasia possuem curvas de crescimento. Isto porque, para as outras displasias, por conta da raridade, não há curvas individuais. O estudo indicado pelo médico aponta que, nas meninas, o pico de velocidade de crescimento na puberdade é de 4,32 cm/ano, enquanto o dos meninos, embora mais tarde, é de 5,08cm/ano.

Para a análise das pesquisadoras foram avaliadas 17 meninas e 10 meninos, totalizando 27 crianças. Os dados coletados são considerados suficientes para analisar o crescimento desde o nascimento até a idade adulta. “Depois da idade do pico da velocidade de crescimento, a velocidade de crescimento diminui até eles pararem de crescer”, diz a pesquisa.

As formas das curvas de crescimento são semelhantes e mostram uma velocidade média de crescimento de aproximadamente 9,7 cm/ano com 1 ano de idade. Já nos últimos  anos da pré-escola, em ambos os sexos, a velocidade cai e a média passa a ser de 4,2 cm/ano. Depois de um rápido período sem muita diferença na altura, ocorre o chamado estirão da puberdade. A diferença na altura dos meninos e meninas, que é de 11,3 cm, e dá pelo maior crescimento na infância, bem como o início mais tardi9 do pico da puberdade. 

Catherine Moraes

Jornalista por formação e apaixonada pelo poder da escrita. Do tipo que acredita que a informação pode mudar o mundo, pra melhor!
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