Adolescentes com nanismo e outras comorbidades foram incluídos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação do Ministério da Saúde para imunização contra a Covid-19. A alteração na Lei 14.124 foi publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira (30) e agora, os adolescentes poderão ser imunizados logo após os adultos com 18 anos. Até o momento, a vacina da Pfizer é a única autorizada no país para aplicação nesta faixa etária, mas o Butantan já solicitou a liberação para crianças e adolescentes a partir de 3 anos de idade com a CoronaVac. O pedido está em análise na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A inclusão do grupo foi motivada por uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinava ao Ministério da Saúde a análise da inclusão dos adolescentes no Plano Nacional de Imunização (PNI). O magistrado defendeu que diante da existência de adolescentes com comorbidades e da adequação da vacina da Pfizer a esse público, não faria sentido limitar a vacinação apenas a adultos. Este foi o primeiro imunizante a ter registro definitivo no Brasil na Anvisa e desde junho obteve o aval para aplicação em grupos com 12 anos de idade ou mais.
No final de março, os laboratórios Pfizer e BioNTech anunciaram que os testes em adolescentes com idades entre 12 e 15 anos mostraram eficácia de 100%. Acima de 16 anos já havia autorização para aplicação fora do país.
CoronaVac em análise
No mesmo dia em que a mudança foi publicada pelo governo federal, a Anvisa recebeu a solicitação do Instituto Butantan para ampliar a faixa etária de indicação da vacina CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac. A ideia é incluir crianças e adolescentes de 3 a 17 anos na bula do imunizante. Isto porque um estudo publicado no final de junho na revista The Lancet, uma das publicações científicas mais respeitadas do mundo, apontou que a vacina é segura e eficaz.
O artigo da CoronaVac apontou que após duas doses aplicadas em um intervalo de 28 dias, mais de 96% do grupo testado produziu anticorpos contra o Sars-CoV-2.