A gente tem feito muitas listas mas esta está especial. Isto porque nós focamos em séries onde atores com algum tipo de deficiência tenham tido a oportunidade de atuar independente de suas limitações.
Alguns roteiros aqui abordam a deficiência, mas de forma secundária. A maior parte das obras nos dão a chance de apreciar o talento de pessoas que tenham alguma condição cognitiva ou física especial; ou a chance de ver o mundo pelos seus olhos.
Prepara porque tudo aqui é para maratonar! 😉 Fique de olho na classificação indicativa.
1) Game of Thrones
Calma que não vai ter spoiler!!! Estamos todos nos despedindo lastimosos desta saga que foi um recorde mundial de audiência e fez palpitar nossos corações com a atuação potente e representativa de Peter Dinklage por oito temporadas. Ele inaugurou uma nova fase para os atores com nanismo na dramaturgia mundial, revelando que tinha muito além da baixa estatura para abordar em sua carreira.
O personagem Tyrion, além de ser o mais reverenciado pela audiência, levou três Emmys de sete indicações como melhor ator coadjuvante. Com vários rumores de que deveria ser indicado à melhor ator.
Segundo a HBO, a temporada final bateu recorde de audiência, com a média de 43 milhões de espectadores para cada episódio apenas no Estados Unidos, um aumento de 10 milhões em comparação à anterior em 2017.
GOT foi vanguardista na arte de trazer à luz os personagens que a política estética dominante sempre esconderam.
2) Vikings
https://www.youtube.com/watch?v=_uBXDSZnvII
Segue a mesma linha. Buscando uma ótica totalmente avessa, Vikings conta a história destes povos que sempre chegaram à nós pela história orientalizada, de forma totalmente inusitada.
Resultado do trabalho da emissora History, o seriado traz como protagonista da nova fase um personagem que não se move da cintura para baixo e nem por isso é menos temível.
Ivar, “the boneless” (o sem ossos), é filho de Ragnar Lothbrok, personagem principal das primeiras temporadas, e uma das figuras mais enigmáticas e apaixonantes para os amantes da história e mitologia nórdica.
Terrível e temível, ele trabalha com sua deficiência no enredo sem que isso, de fato, seja o tema principal nem característica que desqualifique seu potencial de vilão. Pelo contrário. Seu público não aguenta esperar pelo que ele será capaz de fazer na sexta temporada.
3) Homens?
https://www.youtube.com/watch?v=4B6ckXISjrU
Com tema adulto do começo ao final, esta série de comédia do Comedy Central é uma das peças mais engraçadas filmadas pela televisão brasileira nos últimos tempos. Mas aviso aos telespectadores: é para quem tem mente aberta (TIRE AS CRIANÇAS DA SALA).
O seriado fala sobre sexo. Aborda uma fase específica da vida madura dos homens e faz uma análise crítica, ácida e hilária em torno da vida de cinco amigos.
Um deles está confinado à uma cadeira de rodas após um acidente mas o personagem não se desenrola em torno de sua mobilidade limitada. Pelo contrário, ele se mete em confusões até maiores que os colegas nos primeiros episódios da temporada inaugural.
Com texto e atuação de Fábio Porchat, essa sugestão é para quem está preparado para chorar de rir. Porque – pasme – além dele, Rafael Portugal atua, fazendo ninguém mais ninguém menos que o órgão sexual do personagem do Porchat. Isso mesmo: o pênis dele. A piada foi tão bem sucedida que a série rendeu dois spin offs. Vale conferir! Inusitadíssimo. Mas imperdível.
4) American Horror Story
https://www.youtube.com/watch?v=1IQKMi40vNk
Uma crítica alegórica e meio gótica aos antigos circos de horrores, a quarta temporada deste seriado é um dos mais assustadores conteúdos da Netflix. Os medrosos vão preferir assistir acompanhados, durante o dia. É um prato cheio para fãs de terror.
O mais interessante aqui, para nós, é divulgar a atuação de Jyoti Amge, a mulher mais baixa do mundo. A estudante indiana mede 62,6 cm e ganhou o título ao completar 18 anos de acordo com a organização do Guinness Book.
5) Speechless
Este seriado incrível é fascinante desde o primeiro episódio. Não poderia ser diferente! Com atores e roteirista que têm paralisia cerebral, as questões reais da limitação física são abordadas sem vitimismo e com muito humor.
Exibindo o cotidiano da família de um rapaz com paralisia cerebral, a série consegue um conteúdo realmente rico para nós, abordando questões sociais e emocionais que pairam em torno de todos os envolvidos na vida de quem tem uma limitação deste tipo.
Trabalho da ABC sensível, humano, engraçado, imperdível.
6) This Close
Maravilhosamente criada e produzida pelos protagonistas Joshua Feldman e Shoshannah Stern, a série também extrapola a rasura de focar na deficiência física que os personagens dividem com os atores que os interpretam.
Produzida pela Sundance TV, a série gira em torno da vida de dois melhores amigos com deficiência auditiva tentando viver uma vida normal em Los Angeles (EUA), esbanjando profissionalismo.
7) Atypical
Atypical é um dos grandes acertos da Netflix (não que isso seja raro). A gente ama este serviço de streaming exatamente pelo grande potencial de trazer séries incríveis de baixo orçamento e muita criatividade.
Sam é um adolescente com autismo e a série é sobre esta deficiência cognitiva. A grande novidade da abordagem é: o roteiro se baseia em como Sam vê o mundo.
A limitação do protagonista é exposta de forma muito natural. Trata-se de um adolescente passando pela puberdade e todas as questões que envolvem o início de uma vida sexual ativa, para qualquer pessoa.
A condição passa a ocupar lugar secundário em nosso imaginário durante o desenrolar do enredo.
8) Demolidor
Este personagem da Marvel é especial para nós porque por causa de sua deficiência, desenvolveu seus super poderes. É uma forma lúdica de representar o que é uma realidade. Olhar afetivo que sempre buscamos aqui no Somos Todos Gigantes.
Sua deficiência visual tornou os seus sentidos mais sensíveis, assim este personagem querido e complexo ganhou uma série na Netflix.
Especial para aficcionados pelos heróis da Marvel e para adolescentes. 😉
9) Special
Criada e estrelada por Ryan O’Connell, escritor de Will and Grace e autor do livro “Eu sou especial: e outras mentiras que contamos para nós mesmos” (tradução livre), Special é outra jogada certeira da Netflix.
Com outro roteiro de baixo orçamento, nossa queridinha aborda duas situações de vulnerabilidade com o Ryan que além da paralisia cerebral, divide a homosexualidade com o personagem.
Uma comédia leve que aborda os temas de forma descontraída mas crítica. Também imperdível!
Não guarde a diversão só para você! Compartilhe com os amigos nossas sugestões e, conosco, sua opinião.
Respostas de 2
Tenho um filho com acondroplasia, ele tem 1 ano de idade, estamos nos esforçando para saber como lidar com essa deficiência. Ele é tdo na nossa vida um anjo que Deus mandou para nós amar e cuidar…
Já estão conseguindo porque a melhor fórmula é o amor! 😉 Deus abençoe sua família.