Reatech 2024: “A gente quer ambientes de trabalho acessíveis e um sistema sustentável não só no papel”, diz Gabriel Yamin

Gabriel Yamin, líder do Movimento #SomosTodosGigantes e Juliana Yamin, presidente do INN foram convidados para o evento realizado em São Paulo

Na última semana, as práticas e políticas ESG (Ambiental, Social e de Governança) com foco anticapacitista estiveram na pauta da Reatech 2024, uma feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade. O evento, realizado em São Paulo junto a Expo Brasil Paralímpico, movimentou o mercado com soluções inovadoras. O Instituto Nacional de Nanismo (INN) foi convidado a compartilhar experiências e conhecimento sobre a relação entre empresas e organizações sociais. Gabriel Yamin, líder do Movimento #SomosTodosGigantes e Juliana Yamin, presidente do INN estiveram no evento.

A feira contou com o Congresso Reatech, onde líderes, especialistas, organizações e empresas se juntaram para explorar e discutir como a interseccionalidade do capacitismo com outras formas de discriminação pode humanizar as relações na sociedade, contribuindo para a construção de redes e comunidades mais inclusivas e sustentáveis. O evento ofereceu uma programação dividida em plenárias, palestras e painéis.

“É enriquecedor participar da Reatech, afinal de contas lá estão representados grandes empresas e instituições. Ter lugar de fala num evento que reúne gente que está interessada na pauta ESG e na sustentabilidade e diversidade das empresas é importantíssimo. Essa foi a segunda vez que participamos e acreditamos que a partir do ano que vem não só estaremos presentes no congresso mas também estaremos na feira representando a nossa comunidade”, afirmou Juliana Yamin.

Juliana Yamin palestra durante a Reatech 2024

Assim como Juliana, Gabriel Yamin participou do painel “ESG para Quem? Transformação Social e Relação entre Empresas e Organizações Sociais”. Para ele, as discussões no congresso inspiram a implementação de soluções concretas em prol de redes anticapacitistas e sustentáveis. “Foi uma experiência muito legal. Nesses últimos anos, a gente começou a falar mais sobre o mercado de trabalho e entrar mais nessas questões dentro da nossa comunidade, não só trazendo uma visão para as empresas sobre como elas podem tornar seus ambientes mais acessíveis e não só para cumprir cota, mas
pra de fato gerar uma transformação, impacto e diversidade dentro da companhia”, disse.

Para Gabriel, a intenção também é romper com o tabu de que a pessoa com deficiência não pode ser eficiente e produtiva nos trabalhos. “Ela também corre atrás de cursos para ser cada vez mais capacitada. A partir dos nossos exemplos a gente percebe a transformação dessa visão dentro da empresa. A gente quer que esses ambientes de trabalho sejam acessíveis e tenham esse olhar de um sistema sustentável não só no papel, mas na prática”, complementou Gabriel.

Gabriel Yamin participou do painel “ESG para Quem? Transformação Social e Relação entre Empresas e Organizações Sociais”

A Reatech

Com dezenas de expositores nacionais e internacionais, a Reatech apresentou inovações em equipamentos de mobilidade, softwares assistivos, próteses e recursos voltados para a autonomia e qualidade de vida das pessoas com deficiência. Além disso, ofereceu espaços interativos e oficinas que permitem ao público conhecer e experimentar as tecnologias disponíveis.

A Reatech vai além do aspecto comercial, atuando como uma plataforma de transformação social. Por meio do evento, empresas são incentivadas a adotar práticas inclusivas, enquanto visitantes têm acesso a informações e produtos que podem transformar suas rotinas.

Com entrada gratuita, a feira atrai anualmente milhares de pessoas, entre profissionais da área, representantes de ONGs, familiares e pessoas com deficiência. A edição em São Paulo reforçou o compromisso do evento com a promoção da diversidade, destacando como a tecnologia pode ser uma aliada poderosa para a inclusão e a cidadania.

Kamylla Rodrigues

Kamylla Rodrigues é formada em Jornalismo pela Faculdade Alves Faria (ALFA). Já trabalhou em redações como Diário da Manhã e O Hoje, em assessorias de imprensa, sendo uma delas do governador de Goiás, além de telejornais como Band e Record, onde exerce o cargo de repórter atualmente.
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