O Pesadelo dos Pequenos

Apneia do Sono pode causar danos irreversíveis e até morte. Saiba mais!

Apneia do Sono pode causar danos irreversíveis e até morte. Saiba mais!

Segundo a Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro, problemas respiratórios como obstrução à passagem do ar de origem central (compressão medular cervical) ou obstrutiva (estreitamento das coanas, da nasofaringe, da traquéia e/ou caixa torácica) são aflições noturnas comuns para os acondroplásicos. Hiperextensão do pescoço durante o sono e apneia são características recorrentes entre os sintomas da condição.

 

Não apenas os acondroplásicos mas todos com baixa estatura desproporcional sofrem com peculiaridades respiratórias em função das alterações craniofaciais. Tanto ossos quanto cartilagens da face têm tamanho reduzido, o que dificulta a passagem do ar ou de qualquer secreção que se aloje nas vias respiratórias.

 

O que é?

A apneia do sono, ou Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), é uma doença crônica caracterizado pela obstrução parcial ou total das vias aéreas. As consequências são paradas repetidas e temporárias na respiração enquanto a pessoa dorme.

 

O colapso do sistema respiratório é muito perigoso porque impede o ar de chegar até os pulmões. Isso pode levar a problemas cardiovasculares letais por isso é muito importante que a apneia seja diagnosticada e tratada precocemente.

 

“Toda apneia é preocupante. O exame de polissonografia é o único que permite de forma precisa o estudo da gravidade da apneia”, informa a otorrinolaringologista, Melissa Ameloti Gomes Avelino.

 

Com experiência no tratamento de crianças com nanismo, ela explica que se o diagnóstico for apneia e houver confirmação de um mecanismo obstrutivo nas vias aéreas superiores, como nas adenóides e amígdalas, geralmente o tratamento será cirúrgico. Quando se trata de adultos é diferente.

 

De acordo com a médica, o distúrbio do sono nas crianças muitas vezes passa despercebido pelos pais. “A recomendação é que toda criança com alteração craniofacial como é o caso daquelas com Nanismo, faça uma avaliação das vias aéreas superiores e polissonografia”, previne.

 

Cuidados Específicos

Segundo Melissa, pais de crianças com baixa estatura desproporcional devem estar sempre alertas porque a apneia pode trazer várias consequências dependo da faixa etária. Crianças podem sentir irritabilidade, agitação, agressividade e outras alterações comportamentais, além de déficit de atenção e aprendizado. Tudo devido à diminuição de oxigenação no cérebro.

 

Para saber se seu filho tem apneia observe os sinais de alerta da doença:

  • Quando a criança se movimenta muito durante o sono;
  • Gira na cama;
  • Ronca;
  • Baba ou
  • Respira de boca aberta.

 

Sintomas

Quando confirmados estes sintomas, o mais indicado é procurar imediatamente um especialista em otorrinolaringologia e dar prosseguimento ao exame.

 

A polissonografia dificilmente é realizada por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), mas segundo Melissa, é possível conseguir em alguns grandes centros urbanos mas na maioria das cidades é acessível por meio de planos de saúde.

 

 

 

 

Melissa Ameloti Gomes Avelino, além de especialista em otorrinolaringologia pediátrica escreve artigos em seu site http://www.melissaavelino.com.br/home/ sobre o assunto. Possui graduação em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1998), mestrado em Medicina (Otorrinolaringologia) pela Universidade Federal de São Paulo (2002) e doutorado em Medicina (Otorrinolaringologia) pela Universidade Federal de São Paulo (2005). Fez pós-doutorado pela Universidade Federal de São Paulo (2013). Membro do Corpo Editorial da Revista Brasileira de Otorrinolaringologia desde 2005 (Brazilian Journal of Otorhinolaryngology). Diretora Científica da Associação Goiana de Otorrinolaringologia 2010-2012 . Vice-presidente da AGORL 2013-2014 . Presidente da AGORL 2015-2016. Presidente da Academia Brasileira de Otorrino Pediatria (ABOPe 2016-2017). Professora Adjunta da Universidade Federal de Goiáis (UFG) e da PUC-Goiás. Professora Colaboradora da Pos-graduação do Programa de Ciências e Saúde da UFG. Chefe da Unidade de Cabeça e Pescoço do HC-UFG (Informações coletadas do Lattes em 23/10/2016).

 

 

 

Com informações de: Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro e http://www.endocrino.org.br

 

 

 

 

 

 

 

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Rafaela Toledo

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