Nelson Ned no Cinema

Após 5 anos de seu falecimento, o cantor mais representativo para o Nanismo no Brasil vai ser retratado na grande tela, segundo matéria publicada hoje, em primeira mão, pelo blog do O Globo. A cinebiografia vai resgatar o trabalho do cantor Nelson Ned, fazendo jus ao sucesso do artista que deixou 32 discos gravados e uma história notória não apenas dentro do território nacional, mas em países como México, Colômbia, Argentina, Espanha, Portugal, Angola e Moçambique. Nos Estados Unidos, seu país predileto, colecionou apresentações nas casas de espetáculo de maior destaque do mundo, como o Carnegie Hall, em Nova York, onde lotou a plateia por três vezes na década de 70.

Nos Estados Unidos, ele foi o primeiro artista latino-americano a bater a casa de um milhão de discos. “Conheço o mundo inteiro. Viajei muito. Mas gosto mesmo é de Miami (EUA). Foi lá que minha carreira internacional começou. Mas para mim já está bom. Está na hora de sombra e água fresca”, destacou o artista em uma de suas últimas entrevistas, concedida ao Diário de Pernambuco em dezembro de 2013.

Primogênito dos sete filhos de Nelson de Moura Pinto e Ned d´Ávila Pinto, ele saiu de Ubá (MG) para tentar a vida no Rio de Janeiro aos 17 anos. Começou bem distante dos palcos, trabalhando em uma linha de montagem de uma fábrica de chocolates.

Cantou em boates paulistas e cariocas antes da maioridade e era escondido embaixo do balcão das casas quando o Juizado de Menores passava para fiscalizar.

O “pequeno gigante da canção”, apelido que ganhou do falecido ator Paulo Gracindo, e que dá nome à sua biografia, faleceu aos 66 anos. Ele foi vítima de uma pneumonia, mas já sofria com problemas de locomoção e cognição, em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC) sofrido em 2003 e com a diabetes.

Relembre a vida do cantor aqui.

O autor entoou canções que fazem parte da história da Música Popular Brasileira como ‘Tudo passará’ — seu maior sucesso, que chegou a ter 40 regravações em vários idiomas.

Nelson Ned fez amigos como Tony Bennett e Frank Sinatra. “Conheci os dois. São os maiores cantores do planeta e foram meus amigos também”, comentou também em entrevista ao Diário de Pernambuco.

Filme em Família

A emoção é grande para Verônica e Monalisa Ned quando o assunto é o pai. Após se reunir apenas três vezes com a equipe de produção da Boutique Filmes, produtora de “3%”, a primeira série brasileira da Netflix, Veca conta que há pouco definido sobre o filme.

Inicialmente as conversas entre a equipe de produção e a filha do cantor foram em tom de pesquisa, momentos de contação de histórias da família Ned. Além dos discos de ouro conquistados no EUA, o filme também vai abordar seu vício e relacionamento familiar com os três filhos, duas com as quais tivemos a oportunidade de estar juntos em Goiânia, no último Congresso de Nanismo promovido pelo Somos Todos Gigantes.

Veca Ned no 3º Congresso de Nanismo

Emocionada com a ideia de ver seu pai retratado no cinema, Verônica confessa ao seu estilo: “Estou orgulhosa e ansiosa. Vai ser bemmm babado”.

O filme ainda está em fase de pesquisa e ainda não há data de estreia. Ainda não foi definido se a cinebiografia será documentário ou ficção. Acompanhe as postagens do STG e fique por dentro de mais esta peça cultural que veio para reforçar o debate do nanismo entre o grande público.

Vamos dar relevância para o tema, curtir, compartilhar e comparecer em peso quando for a estreia. Quando mais nos unirmos mais longe vamos e mais parceiros conquistamos na luta pela inclusão e igualdade.

3º Congresso de Nanismo traz Monalisa Ned

com informações de O Globo, Blog do O Globo, R7 e Diário de Pernambuco.