Filmes sobre Nanismo

Uma lista de filmes para te ajudar a ver esta condição com outros olhos e mostrar para seu filho e para o mundo formas inteligentes de resistir ao bullying

Uma lista de filmes para te ajudar a ver esta condição com outros olhos e mostrar para seu filho e para o mundo formas inteligentes de resistir ao bullying

Dando sequência àquela série de reportagens iniciada na última semana sobre como superar o bullying e criar filhos autossuficientes, a equipe do Somos Todos Gigantes elaborou uma lista de filmes que abordam o nanismo sob diferentes óticas.

 

Começamos com uma entrevista exclusiva do ator Leonardo Reis, 37, mais conhecido como Gigante Leo pelos palcos e telas nacionais, para mostrar que o humor é uma das melhores maneiras de combater o preconceito.

 

Hoje vamos compartilhar a experiência de atores e personagens do cinema internacional em outros ramos da dramaturgia. São histórias de amor, amizade e fé que nos emocionam e fazem refletir sobre a realidade da baixa estatura, o preconceito e a superação.

 

Prepare a sala e as pipocas (talvez alguns lenços), observe as classificações etárias antes de dar o play e comece a sessão cinema. Esteja pronto(a) para se emocionar!

 

1) The Station Agent ou O Agente da Estação (2003)

 

Foto: Adoro Cinema

Peter

Recomeçando em uma cidade pequena, o protagonista Fin só procura paz

 

Peter Dinklage, mundialmente famoso pelo papel de Tyrion Lannister na série Game of Thrones da HBO e ganhador do Globo de Ouro como melhor ator coadjuvante em séries (2012), além de dois Emmys (2011 e 2015); despontou no cinema com esta atuação.

 

Foto: Café de Macho

Personagem

Tyrion Lannister: o personagem mais apaixonante de Game of Trones

 

Finbar McBride (Peter) é um homem de baixa estatura que recebe uma herança e acaba se mudando para uma interiorana New Jersey em busca de tranquilidade e uma vida normal. Tudo o que não encontra quando faz amizade com um vizinho atrapalhado (Bobby Cannavale) e uma bela mulher confusa e envolta em seus próprios traumas (Patricia Clarkson).

 

 

Dinklage é referência para atores de baixa estatura por sempre privilegiar papéis desafiadores que fogem do esteriótipo da comédia, tantas vezes preconizado pelo cinema e pela televisão em relação aos pequenos. Assumindo personagens de “grande porte”, ele demonstra o tamanho do seu talento, inversamente proporcional à sua estatura.

 

O drama aponta situações constrangedoras e cotidianas pelas quais passa um gigante, alertando aqueles que nunca pensaram no assunto e estimulando o público a ter um olhar mais atento e humano.

 

2) Tiptoes ou Na Ponta dos Pés (2003)

 

Foto: Adoro Cinema

Filme

Rolfe e Carol em uma união improvável

 

Este filme também se trata de uma história de amor, mas quem tem nanismo não é um dos pares, mas seus familiares. Matthew McConaughey vive Steven Bedalia, irmão de Rolfe (Gary Oldman) – personagem de baixa estatura, e membro de uma família repleta de gigantes.

 

O enredo se baseia na gravidez de Carol (Kate Beckinsale) e na dúvida sobre o aborto, incentivado pelo marido. Steven, conhecendo as dificuldades de quem tem nanismo em um mundo não projetado para pessoas pequenas, esconde sua família até Carol descobrir o motivo pelo qual o marido defende o aborto.

 

 

Contra todo preconceito, a esposa busca se aproximar dos familiares dele, encontrando muito mais do que esperava. Com um final inesperado, esta trama não hesita em questionar as moradas da discriminação e o poder evolutivo do amor.

 

Com um elenco ilustre, a obra também conta com a participação de Peter Dinklage como Maurice, um motoqueiro que é parceiro de estrada de Rolfe e Patricia Arquette, como sua namorada.

 

3) Little Boy – Além do Impossível (2015)

  (Disponível na Netflix)

 

Foto: Papo de Cinema

Pequeno

Pequeno Pepper fazendo sua mágica

 

Este emocionante filme dirigido por Alejandro Monteverde conta a história de um garoto de oito anos de idade (Jakob Salvati) que tenta mover céus e Terra para acabar com a Segunda Guerra Mundial. Tudo com um único propósito: trazer seu pai (Michael Rapaport) de volta para casa.

 

A história começa mostrando a suspeita de um diagnóstico de nanismo do personagem Pepper Flint. Frente à esta possibilidade, o pai criou o filho para acreditar que tudo é possível quando existe fé.

 

 

Por causa da relação pai e filho, o personagem cresceu acreditando no seu potencial de alcançar seus sonhos, baseado nas brincadeira lúdicas onde o pai criou o bordão: “Você acredita que conseguiremos, parceiro”, sempre seguido da afirmativa do filho. Sua crença influenciou toda a cidade, seus familiares e a igreja à qual frequentava, tocando até o amigo mais improvável e dando uma lição de amor e esperança.

 

Dramática, esta obra pode causar muitas lágrimas, o que não surpreende muito já que lida com temas como preconceito, bullying, amizade entre adultos e crianças, xenofobia e relação entre igreja e a crença.

 

4) Corazón de Leon ou Coração de Leão – O Amor Não Tem Tamanho (2015)

   (Disponível na Netflix)

 

Foto: locationcolombia.com

Filmes

Par romântico: Leon e Silvana

 

Corazón de Leon recebeu este nome para enaltecer o que importa em uma verdadeira história de amor: os sentimentos. A temática do filme é semelhante à de Na Ponta dos Pés. Esta comédia romântica dirigida por Emiliano T. Caballero é protagonizada por Leon (Marlon Moreno), um homem bonito, elegante, inteligente e divertido; e Silvana (Majida Issa), uma linda advogada entediada, atormentada pelo ex-marido Edgar (Manolo Cardona) até a chegada do novo namorado.

 

O roteiro mostra o preconceito sem filtros. Apontando a diferença de estatura como o único real obstáculo da relação entre Leon e Silvana, a obra expõe as dificuldades e limitações da vida adulta de uma pessoa pequena. Exatamente por isso foi mal aclamado pela crítica, acusado de focar mais na condição física do personagem do que em sua personalidade.

 

 

Apesar disso, a história tenta retratar a realidade sem sair dos moldes da comédia romântica, usando o jogo de câmeras o tempo todo à favor do enredo. Ora chamando atenção para a diferença dos tamanhos (ângulo aberto para o casal), ora demonstrando a equivalência dos sentimentos (ângulo fechado em ambos), a direção consegue fazer cada espectador se sentir na pele de Leon.

 

Assista e faça sua própria crítica. Se sentir vontade, compartilhe conosco nos comentários desta matéria. Sua opinião é essencial para a evolução do portal #STG.

 

5) Simon Birch ou Pequeno Milagre – (1998)

    (Disponível no Telecine Play)

 

Foto: microsoft.com

Pequeno

Simon Birch em sua atuação emocionante

 

Conheça e se apaixone por Simon Birch (Ian Michael Smith). Esse pequenino herói é obstinado. Apesar de sofrer preconceito dentro da própria casa e até de sua igreja, ele cresceu acreditando que nasceu baixinho por um propósito.

 

Simon era certo de que sua estatura tinha um motivo e repetia “Sou um milagre”, assim como disse o médico que ajudou na sua concepção.

 

 

Com o amor e apoio do seu melhor amigo Joe Wenteworth (Joseph Mazzello), vivido por Jim Carrey quando adulto, e Rebecca Wenteworth (Ashley Judd), a mãe de Joe, Simon superou o preconceito com a amizade da família e sua autoconfiança peculiar.

Marcado por um lance trágico que testa a amizade dos protagonistas, este drama dirigido por Mark Steven Johnson também leva às lágrimas do começo ao fim. Apesar do desfecho surpreendente e triste, o maior aprendizado desta obra também se baseia na fé e na esperança daqueles que preferem olhar o céu à mirar o chão.

 

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Com informações de IMDb e Adoro Cinema

Rafaela Toledo

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