Autoatendimento bancário e acessibilidade  

No início do último mês, moradores de Niterói denunciaram agências bancárias que têm descumprindo a lei que torna obrigatória a instalação de uma escada móvel abaixo de balcões de atendimento de caixas e terminais eletrônicos para facilitar o acesso.

A lei municipal 3.278, publicada em abril do ano passado, determinou que até agosto, quatro meses depois, os bancos se adaptassem, mas ainda hoje o cenário de inacessibilidade permanece: pessoas de baixa estatura continuam impossibilitadas de realizar procedimentos bancários com autonomia.

E estamos falando de um estado que já criou uma lei específica para remediar a falta de acessibilidade já preconizada por dispositivos legais de âmbito federal, como a Lei 10.098/2000. Vitória resultante de trabalho incessante da Associação de Nanismo do Estado do Rio de Janeiro (ANAERJ), uma das únicas entidades regionais atuantes no país. 

Andréa Faria, estudante de mestrado em Diversidade e Inclusão na Universidade Federal Fluminense (UFF), conta que, além das dificuldades diárias enfrentadas, o descumprimento da lei impede sua privacidade.

“Não tenho independência quando estou em agências ou caixas eletrônicos, pois preciso sempre estar acompanhada de alguém que tenha a minha senha. É uma situação chata para ambos”, conta Andréa.

SOLUÇÃO

Pensando em uma realidade em que qualquer pessoa possa usar um guichê de autoatendimento livremente, independente da condição física, Rodrigo Vieira Campos, Yuiti Yatabe e Carlos Tadeu Lopes Filho, estudantes de engenharia de produção do Instituto Mauá de Tecnologia pediram a ajuda do STG.

“Ano passado vimos na faculdade alguns projetos voltados para deficientes físicos e achamos interessante a ideia de um projeto com um viés social. Um dos envolvidos no projeto trabalha em banco e acabou dando a idéia de aplicar o estudo em caixas eletrônicos, então fizemos algumas pesquisas e encontramos diversas reportagens de deficientes com dificuldades na utilização dos caixas. Foi aí que enxergamos a oportunidade”, observa Rodrigo que escolheu o tema como objeto de estudo de seu trabalho de conclusão de curso, em conjunto com os colegas mencionados anteriormente.

Vamos divulgar aqui uma pesquisa para identificar os pontos onde cadeirantes e pessoas com nanismo têm maior dificuldade na utilização dos caixas. Precisamos de cada um de vocês para descobrir a melhor forma de adaptar e criar um projeto flexível para ser abraçado pelas empresas bancárias e atender a população com igualdade.

Para participar, clique aqui.

Nunca se esqueça que juntos Somos Todos Gigantes!

com informações de O Globo

Rafaela Toledo

Comentários

3 respostas

  1. Bom dia!
    FANTÁSTICO o tema! MUITO importante a pesquisa!
    PARABENS!!!
    E os resultados, serão publicados em algum lugar?
    Já tentei contato com a ANAERJ buscando mais informações sobre o nanismo e o mapeamento dele pelo Brasil, mas não obtive retorno.
    Gostaria de ter alguma forma de contato com o Rodrigo Vieira Campos.
    Também trabalho em Banco e estou encabeçando a frente de pesquisa e estudos sobre este assunto aqui dentro de nossa instituição.
    Creio que poderíamos deixar o “exclusividade lançada pelo Banco TAL” e juntar forças e conhecimentos para trabalhar em busca do bem comum para todos!

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