Meu nome é Carlos Cypriani, tenho 39 anos, bancário, nascido e criado em Petrópolis na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro. Desde de 2003 moro em Cabo Frio na Região dos Lagos, no mesmo Estado, e vou contar a minha história para vocês.
Ao final de 2015 teve fim um relacionamento de um pouco mais de um ano, e então resolvi cair na “esbórnia”. Ia à todas às festas, conhecia muita gente e já me convencia de que ia ser solteiro para o resto da minha vida.
Em meados de 2016, li um artigo e achei muito interessante. Dizia mais ou menos assim:
“Um jovem advogado, ao fazer o inventário de um senhor que tinha acabado de morrer, se surpreendeu ao perceber que o homem tinha apenas um quarto alugado, um carro velho e poucas roupas roídas pelas traças.
(…)Ao ver em cima da cômoda uma foto dele na praia, abriu a gaveta e viu um álbum de fotografias de vários lugares por onde ele viajou ao redor do mundo…
(…) o que chamou a atenção desse advogado foi um mapa mundial com todos os países marcados e com um poema escrito no meio dele que dizia:
Não tive bens para que não pudessem ser roubados…
Não tive filhos para que hoje chorassem…
Mas vivi do jeito que eu quis… livre”.
Vendo essa história, eu, Carlos, resolvi que minha vida seria exatamente assim. E comecei a planejá-la dessa forma.
Em meados de 2016, pelo Facebook, vi a foto de uma moça, com um sorriso encantador, e um dizer de autoestima que não me recordo hoje. Mandei a solicitação de amizade e, muito tempo depois, ela aceitou. Desde então, viajei para o nordeste, Fortaleza (CE), Natal (RN), mas sempre abria o Face para ler o que ela escrevia junto com a foto.
Ao final de 2016, eu resolvi comentar numa foto dela que achei linda. Ela estava de vestido azul e um sorriso escancarado. Escrevi “que sorriso mais lindo”, ela curtiu e daí em diante comecei a comentar em algumas fotos.
Em outubro de 2016, houve o “1º Congresso de Nanismo”, aqui, no Rio de Janeiro. Nesse Congresso, eu dei uma pequena entrevista para o Programa da Fátima Bernardes, e ela me viu pela primeira vez.
Em dezembro, vi que ela estava on line e puxei conversa no Messenger, mas como toda boa gaúcha, ela foi “seca” e franca. Comecei a querer conhecer essa pessoa de autoestima tão grande.
Fomos nos falar no Whatsapp e acabamos ficando amigos. Descobri que ela era mãe de um menino lindo de 9 anos, à época. Descobri que tínhamos muita coisa em comum, principalmente na maneira em que fomos criados pelos nossos pais: para encarar o mundo de frente e não deixar que as pessoas nos pisem e nos façam de “pobres coitados” por causa da altura.
Um belo dia, conversando com a Carla, perguntei a ela o que ela faria no Carnaval, e como ela ainda não sabia, disse que iria até ela para conhecê-la. Até porque, no meu plano de vida, não conhecia o Sul do país e essa seria minha primeira experiência.
Juro para qualquer um que até o presente momento era somente amizade que rolava entre a gente. Não havia interesse nenhum.
Nesse tempo antes da viagem, nossa amizade começou a ficar mais séria e começou a rolar uma empatia muito grande entre a gente. O carinho foi crescendo junto com a admiração um pelo outro. A vontade de se ver foi ficando mais forte e o sentimento foi mudando.
No dia da viagem, me lembro bem que minha mãe falou para mim: “Não se iluda. Não vá achando que ela é qualquer uma. Respeite sempre. Falei então: “Relaxa! Se não der certo, pelo menos conheço a cidade. Vou ficar menos de três dias mesmo!”
Minha mãe me deu um beijo e desejou boa viagem.
Fiz a viagem e o que a gente mais conversava era sobre nossa reação um com o outro. Pela primeira vez na minha vida, não sabia como cumprimentá-la. Um beijo, uma abraço, um aperto de mão?! Fiquei planejando isso até chegar.
Quando cheguei, a reação dos dois foi muito inusitada. Nos abraçamos e nos beijamos pela primeira vez. Naquele momento descobri que todo meu planejamento de vida agora teria que ser alterado. A sensação foi inexplicável. Apenas senti que era ela a pessoa que me faltava. Sempre escutei que a química de duas pessoas existia. E existe sim!!!
Desde então, fizemos um planejamento de casamento a médio prazo, onde arrumamos nossa vida. Esse planejamento foi oficializado no dia 12 de outubro de 2017, quando pedi a mão dela em casamento na festa do banco, quando minha mãe estava presente. Fiz questão de publicar o pedido no meu Face. E se Deus permitir, em dezembro, agora, de 2018, nos casaremos no civil.
Foto de Divulgação
Acredito fielmente que tudo tem seu tempo e que o que é para ser seu, chegará até você de alguma forma, no tempo certo. Nunca imaginei ganhar ao mesmo tempo uma esposa e um filho, que agora tem 10 anos. Montar uma família! E sinceramente… agora eles são a minha maior e melhor viagem nessa vida.
Abraços a todos e acreditem no amor!!!
Muito lindo, não é?! Compartilhe e espalhe a semente do amor por aí!