De forma geral não há comprovação sobre dificuldades de amamentação em crianças com nanismo. Alguns casos, entretanto, merecem acompanhamento especializado como os que envolvem fenda palatina, no caso de displasia diastrófica, por exemplo. Para conversar um pouco mais, convidamos a pediatra Simone Ramos, que é coordenadora do departamento de aleitamento materno da Sociedade Goiana de Pediatria (SGP); membro do comitê científico da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e consultora internacional em aleitamento materno.
Simone explica que as dificuldades de amamentação das crianças com Nanismo geralmente ocorrem quando há alguma malformação associada. “As mães irão apresentar dificuldades que são comuns a todos os bebês. Se o bebê apresentar alguma hipoplasia ou alterações como freio lingual ou orofacial, deve receber orientação e acompanhamento especializado”, acrescenta.
Fenda
Em geral, bebês com fenda palatina, seja lábio leporino com fenda palatina ou fenda palatina isolada precisam de um dispositivo de alimentação especial e do apoio de um terapeuta de alimentação, consultor de lactação certificado e/ou enfermeira com experiência na alimentação de crianças com fenda completa. Bebês com fenda labial muitas vezes podem amamentar com atenção à posição e à pega.
Para os casos, a consultora em amamentação explica que as dificuldades dependem muito do grau de extensão da fenda. Ela pontua que alguns bebês, quando bem orientados por um profissional, mamam em posição verticalizada, mas que nem todos conseguem. “Nos mais complexos, os bebês devem receber leite ordenhado por sonda ou mamadeira própria para a patologia. Em qualquer uma das situacões, é muito importante que recebam o leite materno.”
Coordenação e formação da face
Você sabia que o aleitamento materno pode melhorar a coordenação e formação da face de uma criança com nanismo? Isso acontece porque a sucção do leite materno estimula o desenvolvimento orofacial e melhora coordenação e desenvolvimento.
Se houver dificuldade, entretanto, busque apoio de uma consultora. Além dos serviços particulares, muitas maternidades do Sistema Único de Saúde (SUS) possuem esse atendimento.
Alimento exclusivo nos primeiros 6 meses
O aleitamento materno exclusivo até 6 meses beneficia certamente as crianças com nanismo, mas não somente elas, todas os bebês que recebem exclusivamente até os 6 meses e com alimentação complementar até os 2 anos.
Como alimento ouro, atua diminuindo as doenças infecciosas como diarreia e melhorando imunidade. Também melhora desenvolvimento orofacial dentre outros benefícios!
Também melhora desenvolvimento orofacial dentre outros benefícios!