Ahembi Morumbi divulga pesquisa sobre nanismo em primeira mão para #somosTODOSgigantes

Após a parceria entre a universidade e o portal

Após a parceria entre a universidade e o portal, vários dados inéditos foram levantados sobre nanismo no Brasil. Confira AGORA

O Somos Todos Gigantes divulga esta semana o resultado da pesquisa realizada pelas alunas de Negócios da Moda da Universidade Ahembi Morumbi, que executaram um plano de negócio sobre comercialização de roupas para pessoas com e sem Nanismo, para lojas de departamentos e de ruas.

 

A abrangência do estudo permitiu a extração de informações que evidenciaram dados bastante críticos, como o fato de, apesar de quase 50% dos entrevistados terem ensino superior ou pós graduação, a renda da maioria ser baixa.

 

Quarenta e dois por cento dos entrevistados tem renda familiar entre R$ 900 e R$ 1.500 e 15% estão abaixo de R$2.000. Ou seja, 57% vive com renda familiar considerada baixa, mesmo com um nível educacional alto para esta parcela da população.

 

O dado levanta uma questão: por que quem tem nanismo, mesmo com qualificação profissional e incentivo governamental, não consegue se inserir em bons cargos?

 

Arantxa Rosa, 24, Bárbara Guedes de Oliveira, 22 anos, Camila Damazo, 27 e  Nayara Pincinato, 23, são alunas do sétimo período e receberam suporte do portal para encontrar os gigantes dispostos a participar da pesquisa realizadas entre os dias 9 e 29 de março com cerca de 104 pessoas. O estudo foi feito por meio de um questionário divulgado nas telas do #somosTODOSgigantes e nas nossas redes sociais há duas semanas.

 

Predominância de Mulheres

Assim como a população brasileira, segundo pesquisa Pnad realizada em 2014 que entrevistou 362.627 pessoas em 151.291 residências de todas as unidades da federação, a pesquisa da Ahembi Morumbi identificou uma predominância do gênero feminino.

 

Gênero

Pesquisa

 

Altura

A maior parte das pessoas de baixa estatura medem entre 1,20 e 1,29 (35%).

 

Gráfico

 

Classe Social

A maioria dos entrevistados está entre as classes D e E, com 42% conservando a renda familiar entre R$900 e 1.500.

Pesquisa

 

Idade

A maior parte dos entrevistados tem entre 30 e 40 anos. Cerca de 42%.

 

Pesquisa

Escolaridade

Os dados mais impressionantes desta pesquisa foram levantados nesta fase, em que foi identificado que 50% dos entrevistados têm nível superior. Mas isso não garante acesso a bons salários, já que 7% a mais do que esta parcela recebe menos do que R$ 2 mil como renda familiar.

 

Pesquisa

Importante observar que esta renda é dividida porque apenas 15% moram sozinhos, dos 104 entrevistados.

 

Pesquisa

 

Trabalho

Segundo a pesquisa, 41% alegam que não estão trabalhando. Os motivos variam mas em geral a crise financeira nacional, os problemas de saúde decorrentes da baixa estatura e falta de qualificação são os mais recorrentes.

 

Entretenimento

O gráfico abaixo mostra quais são os locais mais cogitados pelos pequenos na hora de se divertir. Confira.

 

Pesquisa

 

Acessibilidade

A questão da acessibilidade não poderia ficar de fora de uma pesquisa tão densa envolvendo os temas de importância para as pessoas com nanismo. Sendo assim, as universitárias listaram os possíveis itens de maior importância para as reformas de acesso urbano e doméstico e convidaram os entrevistados a opinar. Veja os resultados:

 

Pesquisa

 

Roupas

Conforme já tratamos em outras pautas, vestuário para os pequenos pode ser um problema, mas alguns estilistas se dedicam a criar especificamente para eles, como é o caso de Carina Casusceli, com “A Moda está em Baixa”, e do projeto Vertentes, defendido pelas estudantes de Moda também da universidade Ahembi Morumbi e apresentado em matéria do nosso portal..

 

Pesquisa

 

Entretanto, conforme a própria Carina afirma, o negócio não é lucrativo pela falta de interesse do mercado neste tipo de nicho. Apesar de demonstrar a dificuldade dos pequenos de encontrar roupas em lojas convencionais, apenas 6% da população com nanismo conhece marcas customizadas como a de Carina.

 

Pesquisa

 

Concluiu-se então que o ideal é produzir roupas que abasteçam as lojas convencionais com peças que atendam os gigantes.

 

pesquisa

 

No momento da decisão de compra de roupas para os pequenos, o mais importante é o conforto e o caimento. Outro dado relevante extraído da pesquisa foi que 72% alegou se dispor a comprar por meio de e-commerce, informação importantíssima para quem pensa em montar um negócio voltado para venda de roupas para pessoas com baixa estatura. O mercado existe e a carência também. Falta apenas investimento, porque até o talento a gente já sabe onde está!

com informações e gráficos fornecidos pela Universidade Ahembi Morumbi com exclusividade

Rafaela Toledo

Comentários

Uma resposta

  1. Que ótima matéria !!
    Me formo no final do ano e já estou planejando meu TCC. Estava pensando em abordar a questão do nanismo, mais especificamente a questão da dificuldade em comprar roupas.
    Amei os dados !!
    Poderia me passar a fonte dessas pesquisas, onde posso me aprofundar, e etc?
    Desde já agradeço a atenção.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja Mais

Natação e nanismo: quais os benefícios e pontos de atenção?

Prática do esporte sem acompanhamento pode provocar lesões, mas quando monitorada revela ser uma ferramenta potente na transformação da qualidade de vida das pessoas com a deficiência O sinal sonoro liberta para um mergulho profundo. “Na água eu dou tudo de mim, coloco na minha

Natação e nanismo: quais os benefícios e pontos de atenção?

Prática do esporte sem acompanhamento pode provocar lesões, mas quando monitorada revela ser uma ferramenta potente na transformação da qualidade de vida das pessoas com a deficiência O sinal sonoro liberta para um mergulho profundo. “Na água eu dou tudo de mim, coloco na minha