A possibilidade de conhecer um pouco da experiência de vida de pessoas com nanismo amplia a compreensão e, consequentemente, o respeito. Foi com essa bagagem que a atriz e dubladora Michelle Del Giudice Gouveia finalizou o trabalho de tradução da voz para o idioma português da personagem Elizabeth Johnston, na série americana ‘Os Pequenos Johnston’s.
A série mostra o dia-a-dia do casal Trent e Amber Johnston e seus filhos, Jonah e Elizabeth (biológicos) e Anna, Emma e Alex (adotados). Todos vivem em Fortsyth, Geórgia, nos Estados Unidos e possuem acondroplasia. A série já tem 11 temporadas e integra o catálogo de algumas plataformas de streaming, como Prime Video e Discovery+.
Você pode assistir a alguns episódios pelo YouTube:
Michelle, atriz há 24 anos e dubladora há 15, explica que já vivenciava parcialmente o mundo das pessoas com nanismo no teatro e na TV, mas muitas situações passavam desapercebidas. “Mesmo ao lado dessas pessoas, eu só compreendi as lutas e as dores depois que passei a fazer a dublagem. O reality evidencia muito a nossa falta de informação, o que é um problema já que compreender a realidade, aumenta o respeito”, afirma Michelle.
Ela acredita que a partir desse e de outros realitys, movimentos de luta por respeito e contra preconceito têm ganhado mais adeptos. “Nós temos a necessidade das coisas serem explicadas. Parece ser besteira, mas deveríamos ser capazes de entender quando estamos ofendendo as pessoas e entender o lugar e a dor da outra pessoa. Mas não somos autossuficientes e precisamos de movimentos que nos eduquem socialmente. Que falem sobre respeito e acessibilidade. Esses movimentos têm ganhado corpo a cada vez que as pessoas param pra enxergar a vida do outro”, pontua Michelle.
A atriz dubla Elizabeth Johnstons, que é a terceira mais velha dos filhos e a mais alta dos 7 Johnstons. A personagem gosta de pintura e já fez uma exposição de seus quadros.
Confira o episódio com Elizabeth:
Michelle, que já havia dublado outra série sobre pessoas com nanismo – A Pequena Grande Família – faz uma reflexão sobre prestar mais atenção nas pessoas. “Quando eu comecei as dublagens, eu percebi que muitas vezes não ouvimos de verdade quem está ao nosso lado. E aí, podemos acabar subestimando elas, olhando só o superficial. Não podemos colocar o físico como limitador para a capacidade dessas pessoas. Por isso, esses trabalhos me fizeram entender mais a dor do outro”.
Respostas de 2
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Amo mt o programa, mas so acho que o pet grande chocolate, fica mt desprezado, ninguém brinca, nem dá carinho p ele . Tadinho fica olhando para todos
mt tristinho VAMOS DÁ MAIS CARINHO PARA ELE.