Luiz Phillipe Araújo
As possibilidades de enfrentar preconceitos com a internet foi um dos assuntos da palestra “Não Caia nas Redes”, conduzida por Thiago Boca e Mackill Vasconcelos no 1° dia do 4° Encontro Nacional Somos Todos Gigantes. Com dicas e alertas, os palestrantes destacaram os riscos e os potenciais das redes sociais.
“A oportunidade que a internet nos dá possibilita entregar tudo o que temos de bom”, disse Boca, que conduziu a primeira parte da apresentação. Para o palestrante, em um mundo cada vez mais digitalizado, fugir das redes por conta de seus aspectos negativos, como o risco de bullying, não é uma opção. “Nós precisamos ser cidadãos digitais”, defende Boca.
Além da capacidade de reunir pessoas e criar redes de apoio, o palestrante citou exemplos de pessoas com nanismo que se tornaram influenciadores digitais. “Você que tem uma condição e está olhando isso como uma possibilidade de até ganhar financeiramente, a internet possibilita isso”, afirmou.
Sobre os lados negativos das redes sociais, o palestrante chamou atenção para dicas de como não se tornar refém da internet, confira:
- Desative as notificações
- Desative as recomendações do algoritmo
- Siga pessoas que pensem diferente de você
- Entenda que é um mundo editável
- Saia das redes sempre que possível
Bullying
A segunda etapa da palestra foi conduzida pelo mestre em psicologia clínica Mackill Vasconcelos. O especialista falou sobre os tipos de bullying nas redes sociais e as estratégias para enfrentá-los.
“Para lidar com as várias formas de bullying você precisa ser gigante”, destacou logo no início da fala. A chave para enfrentar a questão, segundo Mackill, é o apoio coletivo à vítima.
“Não é algo que se faz sozinho. Você precisa da família, dos amigos, de pessoas confiáveis. Mesmo as pessoas mais habilidosas vão precisar de apoio para lidar com o bullying”, diz o especialista.
O palestrante lembrou que existem diversos tipos de bullying, sendo variados mesmo no ambiente digital. “Trata-se de uma prática sistemática repetida de atos ou palavras que ferem”, explicou sobre a definição do que pode ser considerado bullying.
Entre os exemplos de bullying nas redes, o especialista citou xingamentos, assédio por meio de mensagens inapropriadas e revelação de segredos de terceiros para grupos.
“A maioria das pessoas infelizmente adota a postura de agente passivo e não reage. Esperamos que todos nós desenvolvamos a postura de agentes ativos para reagir quando percebemos que estamos nessas situações”, disse Mackill, dividindo as responsabilidades entre toda a sociedade.