Porquê esse agravo é tão reincidente
Foto: Bebê Bernardo Berti Hoffman com um mês e meio à época da foto, hoje com 3 anos e 9 meses, tirando uma soneca com pescoço hiperextendido – uma das características noturnas de alguns tipos de nanismo
Se você tem um filho de baixa estatura com problemas respiratórios, uma criança muito esperta mas que ainda não aprendeu a falar, que vive com ouvido inflamado mesmo depois de operar, deve saber que estes sintomas podem estar relacionados.
Ortodontia e ortopedia dentofacial podem causar alterações respiratórias e no desenvolvimento da fala. Principalmente quando os ossos da face são diminuídos como é o caso da maior parte das displasias esqueléticas incluindo a forma mais reincidente de Nanismo: a Acondroplasia.
Otite por Repetição
Segundo a professora da Clínica de Fonoaudiologia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Luciana Zuliani, os problemas que geralmente começam nas cartilagens faciais acometem também outras estruturas auditivas.
Foto de Divulgação
Professora Zuliani dirigindo painel em seminário da PUC-GO, onde trabalha
Logo no início da formação do sistema auditivo periférico, já no pavilhão, há uma formação cartilaginosa: o conduto auditivo externo, conhecido como meado acústico externo, também formado em parte por ossos. Além disso existem estruturas importantes como as tubas auditivas, por exemplo, que são canais essenciais de ligação, ventilação, troca gasosa, drenagem, equalização de pressão e, finalmente, têm a função de comunicar o nariz com a orelha.
“Se eu tenho uma orelha média fechada por mau funcionamento da tuba auditiva, tenho disfunções tubares e provavelmente quadros de otite de repetição que provocam perdas auditivas denominadas condutivas. Principalmente em crianças, estas perdas causam alterações nos processos de desenvolvimento de fala. É como se eu tivesse uma criança com a sensação de orelha tampada e com um uma perda de condução e com dificuldades para diferenciar os sons”, explica a professora.
Externo
Alterações crânio-faciais também podem provocar o fechamento do conduto auditivo externo, diminuindo a ventilação e provocando um acúmulo de cera. “Se o conduto é mais fechado, mais estenosado, como nos casos de má formação dos ossos faciais como é o caso da acondroplasia, pode gerar dificuldade na limpeza e na saída da cera”, esclarece a fonoaudióloga.
A cera tem um papel importante de proteção, controlando atividade de ácidos graxos e deixando o conduto com Ph ácido para evitar contaminação por corpos estranhos. No entanto, o acúmulo excessivo da secreção pode ser responsável por perdas auditivas, e consequente atraso na fala, quando se trata de crianças.
Tratamento
O tratamento para este tipo de agravo fica à critério médico: ou medicamentoso, via antibióticos, ou cirúrgico por meio da Timpanoplastia (Leia mais aqui mesmo).
Caso a opção seja a intervenção cirúrgica, o procedimento inclui a colocação de tubo de ventilação para drenar a secreção. Estes tubos podem ser provisórios ou permanentes, provocando alívio e diminuição das otites de repetição. “Qualquer alteração crânio-facial pode provocar mudanças nas estruturas fibrocartilaginosas e ósseas do sistema auditivo”, completa Zuliani.
Adenóides e Amígdalas
Há quem diga que operar amígdalas ou adenóide ajuda a combater esses problemas no ouvido médio. De acordo com Luciana, alguns sujeitos, por características genéticas ou por fatores alérgicos podem desenvolver aumento das adenóides ou amígdalas. Isso pode provocar mais alterações de orelha média, principalmente quando se trata da adenóide.
“Isso deve ser muito bem avaliado pelo otorrino, pediatra ou cirurgião porque muitas vezes é realmente necessária a retirada em função da dificuldade de ventilação e do potencial infeccionso”, aconselha.
Se você têm uma criança com casos reincidentes de otite, investigue junto ao médico antes de repetir cirurgias sem saber exatamente o que ela tem. Apesar de haverem complicações especificamente características da condição, cada pessoa é única e se desenvolve de uma maneira muito peculiar. Procure sempre se informar. Conte conosco. Leia e compartilhe com quem você pensa que pode se beneficiar.
Uma resposta
Sabe quando eu descobri que meu bebê iria teria uma diferença nos ossos “fêmur e úmero ” não acreditei isso com 7 meses de gravidez em uma consulta com uma gicologista , em um exame morfológico sem casos na família e mãe de primeiro e me perguntei pq ? , Como assim ? Não entendia muito sobre essa condição me encaminharam pro SUS pra alto risco pra acompanhar a gestação até o final ,
Então achei que teria um parecer do que era e pq ocorreu isso comigo se na parte de pai é normal e minha tbm pois bem não tive : após o nascimento me encaminharam pra um geneticista , neurologista e acredite até hj com o meu bebê completando 10 meses não passei por esses especialistas por não ter recursos , então com diagnóstico incerto se ele tem ou não acondoplasia ou qual o tipo de acondoplasia ele tem .
Meu Deus como é difícil passar por isso sozinha sem ajuda de pessoas certas e adequadas no público que as vezes não sabem nem o quê é acondoplasia … Aí encontro uma página tão boa e gostosa de enteder de forma clara, maneiras que vou ter que adaptar meu gigante a situações adversas , e claro a mais difícil o preconceito penso como vou ter que ser forte pra lidar com isso ,
Queria tanto saber tudo por especialistas e ter condições de levar ele em cada um desses , procuro formas incessante de estar sempre ligada então agradeço por existir mais alguém que me entenda . Obrigado pela página…