Em geral, os anestesistas devem tomar cuidado para não provocar uma hiperextensão do pescoço do seu filho assim como faria com crianças sem nanismo. A dosagem deve ser baseada no peso e na idade do seu filho. Mas tanto a anestesia local quanto a geral representam riscos em potencial, portanto a decisão do método deve ser feita de forma individual para cada criança.
Alguns problemas típicos causados pela Anestesia Geral são:
- Ansiedade excessiva;
- Difícil acesso por via intravenosa (10 a 50%);
- Dificuldade de ventilação com máscara, intubação difícil;
- Risco de compressão da medula cervical ou isquemia medular (morte súbita tem sido relatada, especialmente em crianças com menos de quatro anos);
- Há uma taxa de obesidade oito vezes maior, o que potencializa os efeitos dos problemas anteriores;
- Há uma incidência aumentada de apneia do sono (obstrutiva e/ou central) – de maneira rara, hipertensão pulmonar secundária, doença restritiva pulmonar em uma idade precoce;
- Infecções respiratórias crônicas;
- Aumento do risco cardiovascular em 10 vezes – com um máximo entre 25 e 35 anos, e tendência a salivação. Na primeira infância, hipotonia nasofaríngea pode ser um problema assim como o refluxo gastroesofágico.
A anestesia regional neuroeixal é considerada tecnicamente difícil por conta do estreito canal vertebral/estenose, redução do espaço peridural, cifoescoliose e deformidades das somas vertebrais.
Em alguns casos, a peridural é bem sucedida. Houve casos de perfurações acidentais, dificuldades em fazer avançar o catéter, aumento do risco de venipuntura, distribuição irregular ou imprevisível da anestesia.
A anestesia peridural deve ser preferida porque na maioria dos casos, a injeção de fluxo de anestésico local é simples em pacientes pediátricos. Anestesia espinhal também tem sido utilizada com sucesso. Pode-se esperar qualidade inadequada da analgesia neuroaxial. Em ambos os casos há utilização de opióides descrita, no entanto, falta recomendações de dosagens claras.
A anestesia regional periférica é possível mas a punção pode ser complicada. Devido às alterações anatômicas da coluna vertebral e da articulação crânio-cervical, bem como a alta incidência de hidrocefalia, as anestesias neuroaxiais são relativamente contra-indicadas.
Fontes: Little People of America (LPA), Fudacion Alpe, G1, Dwarf Athetic Association (DAA), Terra, The New York Times, Correio Brasiliense, IG, Jusbrasil, Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj), Portal Educação, Portal dos Psicólogos, Drª Jacqueline de Oliveira Fidelis, fonoaudióloga Isabela Roriz, Forbes