Luiza tem 11 anos e é embaixadora de inclusão e acessibilidade do festival
O maior festival de rock e motocicleta da América Latina, o Capital Moto Week, completou 20 anos com muita inclusão e o destaque deste ano foram os embaixadores de inclusão e acessibilidade. Dentre eles, a modelo e influencer mirim, de Brasília, Luiza Vitória Rocha, de 11 anos, com mais de 98 mil seguidores nas redes sociais e com um tipo raro de nanismo, deficiência que se caracteriza pela baixa estatura.
Luiza e demais modelos com deficiência fizeram parte do Casting do Ateliê Flor do Rock. As peças do catálogo são inspiradas nos 20 anos do Capital Moto Week. A coleção intitulada “Moto Week 20” inclui roupas personalizadas de acordo com a deficiência de cada modelo PCD. O desfile aconteceu no último dia 23, no espaço Lady Bikers e também contou com a presença da idealizadora do evento, Juliana Jacinto. A modelo também usou as peças e acessórios da Dark Sabah, da empresária Andrea Viana.
Segundo a coordenadora de inclusão e acessibilidade do festival, Daniela Louvores, o festival contou com arenas acessíveis e adaptadas para facilitar a locomoção e interação de pessoas com deficiência, que teve acesso gratuito ao CMW. “O estacionamento foi reservado, rampas, banheiros e chuveiro PCD, tradução em libras dos shows, camarote solidário com estrutura de piso elevado, tudo com foco na diversidade e inclusão. O Capital Moto Week também capacita equipes para atender todos os tipos de públicos”, disse Daniela que também é cadeirante.
Sobre a influencer
Luiza Vitória Rocha, tem 11 anos, está no 5ª ano, e nasceu com Displasia Diastrófica, um tipo raro de nanismo. A modelo é filha da jornalista Gisele Rocha, que administra o perfil da influencer, com mais de 98 mil seguidores, que traz o cotidiano de uma criança com deficiência e os desafios diários, com relatos de inclusão, anticapacitismo e experiências inspiradoras. No perfil, Luiza também é famosa pela simpatia, espontaneidade e dancinhas que fazem o maior sucesso.
“A Luiza é uma criança que tem ciência da sua deficiência e que, com muita leveza, faz seus dias muito mais alegres. Sabemos que vai enfrentar muito preconceito, isso já existe nas redes, mas combater o preconceito, o capacitismo e mostrar que ela e qualquer outra pessoa com deficiência pode ser e fazer tudo o que quiser, é o que nos move para continuar na estrada”, disse Gisele.